COMO ENCONTRAR MOTIVAÇÃO PARA FAZER SEU TRABALHO ACADÊMICO
E aí, já está super motivado para fazer o seu trabalho acadêmico ou ainda fazendo objeções e arrumando desculpas para não avançar?
Por que algumas pessoas amam fazer trabalhos acadêmicos e os fazem com rapidez e facilidade, enquanto outras pessoas sofrem, com a ansiedade, o medo de não conseguir, da reprovação, de decepcionar e chegam a levar anos para fazer um trabalho que poderia ser concluído em 2, 3 meses?
Uma coisa é certa: quem avança mais rápido, em geral, tem fé no que está fazendo, é grato pela oportunidade, se alegra com as descobertas sobre o tema e faz com amor, esperando aplicar as soluções encontradas na pesquisa para fazer do mundo um lugar melhor.
De vez em quando recebo notificações de monografias, dissertações e teses sensacionais… (Ah se eu tivesse tempo para ler todas elas e entrevistar as pessoas que foram aprovadas com louvor!).
É certo, também, que o avançar mais ou menos rápido na elaboração do trabalho acadêmico vai depender da sua motivação. Quanto mais motivação intrínseca você tiver, mais autodeterminação terá para seguir em frente e fazer bem feito.
Quer saber como funciona a motivação? Fique comigo e eu vou te mostrar, até o final deste post, e também como você pode encontrá-la ou desenvolvê-la para fazer seu trabalho acadêmico ou realizar seu projeto de vida.
O primeiro passo é você se conscientizar do tipo de motivação que tem ou que pode ter para fazer a sua monografia, dissertação ou tese.
Existem dois tipos de motivação:
1.Intrínseca: aquela que vem de dentro, que faz você entrar em ação pelo prazer que a atividade lhe proporciona. Sobre esse tipo, Deci & Ryan asseguram que:
Quando as pessoas estão intrinsecamente motivadas, elas experimentam interesse e prazer, sentem-se competentes e autodeterminadas, percebem a fonte de seu comportamento como sendo interna e, em alguns casos, experimentam o flow.1
Ex.: Eu amo estudar sobre a física quântica e quero fazer a tese para encontrar soluções e fazer do mundo um lugar melhor. Minha ideia é descobrir o gatilho cerebral que dispara/provoca os ataques epilépticos. Se eu conseguir, poderemos…
2. Extrínsica: aquela que vem de fora, que faz você entrar em ação para obter um resultado esperado. Nem sempre as atividades aqui realizadas lhe proporcionam prazer.
Sobre esse tipo de motivação, Edwar Deci e Richard Ryan, da Universidade de Rochester, que desenvolveram a teoria Self Determination Theory (SDT)2, asseguram que ela é internalizada por nós de forma regulada, ou seja, nós administramos, escolhemos como vamos nos motivar para realizar a atividade.
Quanto mais autodeterminada é a regulação, mais bem estar sentimos, pela evidência de que estamos no comando da nossa vida. Afinal, tudo que se quer (mesmo que alguns ainda não tenham se conscientizado disso ainda) é ser autor da própria vida.
Segundo os autores da STD, a regulação pode ser:
a) externa: aqui a autodeterminação quase não é percebida. Entramos em ação quase “na marra”, para obter recompensas, evitar punições ou satisfazer exigências externas.
Ex.: tenho que fazer a monografia ou serei reprovado e impedido de colar grau.
b) introjetada: aqui entramos em ação para evitar culpa, ansiedade… ou simplesmente para apoiar a autoestima ou autovalor que exijam validação externa.
Ex.: Devo fazer a dissertação, para obter o diploma de mestre; devo fazer o TCC par me formar logo e deixar minha mãe feliz. Assim, ela não precisa mais pagar minha faculdade…
c) identificada: aqui a pessoa entra em ação não somente pela motivação externa, mas por já ter a consciência dos ganhos que poderá obter.
Ex.: fazer a tese vai me ajudar a conquistar uma vaga de professor na Universidade.
d) integrada: aqui há maior nível de autodeterminação. A pessoa entra em ação por que quer alcançar um resultado que está em congruência com seus valores e objetivos.
Ex.: eu quero fazer a dissertação sobre felicidade no trabalho, pois esse tema me motiva e me ajuda a chegar aonde eu quero estar daqui a 20 anos. Quero me tornar especialista no assunto e escrever um livro.
A regulação integrada é o nível mais desejado da motivação extrínseca. O ideal, obviamente, é a motivação intrínseca, em que você realiza as atividades com muito mais prazer e alegria.
A propósito, buscar o bem estar em primeiro plano reafirma o princípio que a Psicologia Positiva vem provando há quase duas décadas de que é a felicidade que traz o sucesso e não o contrário, como se pensava há muito pouco tempo. Assim, não é a aprovação que vai te trazer felicidade, é a felicidade enquanto faz o trabalho, que te levará à aprovação com louvor.
Pessoas autodeterminadas decidem por si e entram em ação por vontade própria. Elas buscam um curso acadêmico que exija um trabalho acadêmico, por quê:
a) terão a oportunidade de buscar o conhecimento, organizá-lo e materializá-lo a partir do seu ponto de vista;
b) terão validação de especialistas sobre o que escreveram e assim adquirirão, a partir do trabalho acadêmico, mais segurança para começar a divulgar suas ideias para fazer do mundo um lugar melhor;
c) fazem do trabalho acadêmico um passo para realização de um sonho de vida (abrir uma empresa, ser contratado como professor, escrever um livro, trabalhar na empresa X…);
Então, se você ainda não está se sentido motivado para fazer um trabalho acadêmico show, pode ser que não tenha acertado, ainda na escolha do tema que te faz feliz.
Permita-me ajudá-lo com algumas perguntas e reflexões para você chegar lá:
1. Que tipo de assunto amo estudar e posso aproveitar o trabalho acadêmico para me aprofundar?
2. O que eu ganho me dedicando e fazendo um trabalho acadêmico sensacional, sobre um tema que amo?
3. Por que fazer o trabalho acadêmico com esse tema é útil para mim?
4. Que usos posso fazer de um trabalho acadêmico aprovado com louvor?
Se você tiver alguma dificuldade de responder à última pergunta, posso te dizer que são infinitas as possibilidades e vamos tratar disso em um dos nossos próximos posts.
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Referências
1 DECI, E. L & Ryan, RM Motivação intrínseca no comportamento humano. Nova Iorque: Springer, 1985.
2 DECI, E. L e Ryan, R. m. Auto- determinaçãoTherory:a macroteoria do ser humano motivaçãoperspectiva da teoria do desenvolvimento. Journal of Personality , 62 (1), 2008, 110-142.