Quem não quer ter apoio na hora de fazer e apresentar o TCC?
Qualquer um de nós quer colo. Afinal, o TCC não é lá tão fácil de fazer! Vai bater a ansiedade, a falta de inspiração, a confusão mental, o stress…
Mas, e se a coisa começar a ficar feia na faculdade, será que é hora de apelar para o pai ou a mãe e pedir que converse com o orientador, o coordenador, o examinador?
Em, 06.06.2016, o G1 divulgou uma triste história sobre monografia, uma das espécies de Trabalho de Conclusão de Curso. No caso, Direito.
Vindo de outra faculdade no último semestre, o aluno trouxe a monografia quase pronta e insurgiu-se contra as mudanças propostas pelo novo orientador. Contou para o pai e esse foi “resolver o problema” com a coordenadora, que acabou com lesões corporais. Não se sabe ao certo, ainda, se intencionais ou por acidente.
Obviamente não estamos aqui para julgar ninguém! Nem aluno, nem pai, nem professor, seja ele orientador ou coordenador.
A ideia é usar os elementos desta história, para te ajudar, caso passe por algo semelhante.
Então vamos lá!
A essa altura, possivelmente, você já sabe que o TCC é uma exigência da sua instituição de ensino para a colação de grau. O que você pode não saber, ainda, é que longe de ser uma mera exigência da IES, onde você vai repetir o que os outros disseram, a monografia é a sua oportunidade de buscar e organizar o conhecimento sobre um ponto de vista específico e peculiar. É a sua chance de escolher um tema que você ame (gostar só não basta), subir nos ombros de gigantes e a partir do conhecimento estruturado a sua maneira, tirar suas próprias conclusões. É um verdadeiro exercício de autonomia.
Salvo as raras exceções: pessoas que amaram fazer o TCC, a maioria sofre um bocado, principalmente quando não acerta ao lidar com o orientador, que aliás, ressalte-se, é o seu principal aliado nesse processo.
A função primordial dele é orientá-lo, para que você permaneça no caminho, utilizando-se das técnicas e métodos aceitáveis pela academia e tenha êxito na banca. Logicamente há um “que” de preservação aí, pois além de busca preservar o seu próprio nome, o orientador, cuida também do seu, que é o autor e também o da IES.
Se você está disposto a fazer um excelente TCC e segue as regras desde o início, pouco trabalho dará ao seu orientador. Caso contrário, passará por estressantes mudanças, muitas vezes. Principalmente se seu orientador for exigente. (Confesso que gosto mais desse tipo de orientador)
Em qualquer um dos casos, o ritual do TCC é oportunidade de aperfeiçoamento em relação a muitos aspectos: foco, coleta e organização de informações, respeito às ideias alheias, relacionamento com o próximo (entenda-se orientador, revisor, editor e examinadores), exercício do pensamento crítico, autonomia na estruturação do que será produzido, criatividade na solução de problemas, uso do conhecimento, com respeito às regras da metodologia e da ABNT, apresentação oral… Enfim, uma infinidade de aprendizados, incluindo paciência e resignação, que certamente contribuirão para que você esteja mais preparado para o mercado de trabalho.
Com certeza seu pai e sua mãe podem te ajudar no processo, emprestando ouvidos às suas dúvidas, discussões em voz alta, explicações, ensaios de apresentação… Mesmo que não tenham qualquer estudo na sua área de conhecimento ou sobre o tema em que está fazendo a sua pesquisa, a sua arte estará em fazê-los compreender. Einsten já dizia que ‘Se você não consegue explicar algo complexo de forma simples, significa que não entendeu bem”. E, como autor de TCC, que vai apresentá-lo perante uma banca examinadora, você precisa entender muito bem sobre o assunto.
Agora, convocar o pai ou a mãe para resolver questões com o orientador, por mais exigente que ele seja, é abrir mão de superar seus medos, ansiedades e tornar-se uma pessoa mais preparada para os desafios do mercado de trabalho, onde você com certeza quer estar. Leia a notícia do G1 na íntegra.
* 1a. Coach acadêmica do Brasil, é palestrante motivacional, autora do livro Pesquisa e Monografia Jurídica na era da Informática (Brasília Jurídica), Mestre em Direito, com distinção, pela Universidade Federal de Pernambuco. Professora da UDF.